Reino de Ifé
A
figura de um rei, Ita Yemoo. A
escultura de liga de cobre escultura data do final do século 13 ao início do século 15. Foto: Karin L Wills / Museu de Arte Africano /
Comissão Nacional de Museus e Monumentos, Nigéria
Esta foi uma exposição maravilhosa do Museu Britânico e reuniu um número muito grande de obras-primas que raramente ou nunca foram expostas fora da Nigéria antes. E obras-primas do mesmo naipe do Exército de Terracota (China), do Parthenon (Grécia) ou da máscara de Tutankhamon (Egito).
Para os artistas europeus de um século atrás, a escultura africana era
poderosa exatamente porque não se conformava com a idéia de beleza inspirada na
Grécia clássica. Porém, eles não tinham visto a arte de Ifé, uma cidade-estado
medieval que floresceu entre os séculos 12 a 15 na África Ocidental, e se
relacionou com o mundo islâmico do Mediterrâneo através do deserto do Saara.
As esplendorosas cabeças esculpidas desta exposição - estátuas de pessoas doentes, monumentos aos guerreiros, cabeças reais - foram descobertas pela primeira vez, nessa quantidade, em um achado surpreendente em um canteiro de obras na cidade nigeriana moderna de Ifé em 1938. Esta arte era tão diferente, inesperada, tão "não-africana", que um dos seus primeiros alunos pensou que devia ser a arte perdida de Atlantis.
Mas essas obras não eram gregas, muito menos de Atlantis . Os rostos esculpidos eram desafiadores e formidáveis em sua beleza . E eles eram perturbadores para quem acreditava que somente a arte europeia merecia ser reconhecida e valorizada. Escultores em Ifé imitavam o rosto humano tão precisa e sensivelmente como qualquer grego, e estavam alinhados com a sensação dos gregos de harmonia, equilíbrio e proporção.
O que vemos aqui é uma arte clássica africana - e chamo de “arte clássica” uma arte com um forte conceito de ordem que lhe confere uma autoridade especial, seja em Atenas, na China ou em Ifé. Como a arte do Egito Antigo, a de Ife é perfeita, remota.
Ifé permanece misteriosa. O catálogo de obras nos leva a crer que há muito ainda a aprender sobre essa arte e sobre o mundo que a criou. Espero que esta exposição seja o ponto de partida para uma nova arqueologia . Ela provoca admiração. Contemplar estas cabeças reais é viajar para um mundo de fábulas muito além de sua imaginação, um lugar mais rico que Atlantis.
Tradução livre e
adaptada de Léo Rossetti
Texto original em
inglês: http://www.theguardian.com/artanddesign/2010/feb/26/kingdom-of-ife-british-museum-review
Os iorubás ou iorubas
(em iorubá: Yorùbá), também conhecidos como ou yorubá (io•ru•bá) ou yoruba, são
um dos maiores grupo étno-linguístico ou grupo étnico na África Ocidental,
composto por 30 milhões de pessoas em toda a região. Constituem o segundo maior
grupo étnico na Nigéria, com aproximadamente 21% da sua população total.
Ifé é hoje uma cidade de tamanho médio, cujo povo pertence ao grupo étnico Yoruba, um dos maiores na África. Centro comercial para uma região agrícola, cultiva inhame, mandioca, cacau e tabaco. O algodão é cultivado e usado para tecelagem. O significado da palavra "Ife" na língua yoruba é "amor". Vamos conhecer um pouco da história desse lugar?
Ifé é um dos reinos do Império Yorùbá, as suas origens, mergulhadas na mitologia do seu Deus Olodumare e os Orixás, não nos fornecem, do ponto de vista cronológico, um ponto inicial preciso.
E agora que você já conheceu um pouco da antiga Ifé, que tal conhecer um pouco mais sobre a atual Nigéria?!
Clique aqui e conheça um pouco mais sobre a Nigéria através destas imagens que mostram a riqueza de alguns reis nigerianos
Vamos conhecer um pouco mais sobre Ifé?
Ifé é hoje uma cidade de tamanho médio, cujo povo pertence ao grupo étnico Yoruba, um dos maiores na África. Centro comercial para uma região agrícola, cultiva inhame, mandioca, cacau e tabaco. O algodão é cultivado e usado para tecelagem. O significado da palavra "Ife" na língua yoruba é "amor". Vamos conhecer um pouco da história desse lugar?
História
Ifé é um dos reinos do Império Yorùbá, as suas origens, mergulhadas na mitologia do seu Deus Olodumare e os Orixás, não nos fornecem, do ponto de vista cronológico, um ponto inicial preciso.
Os Yorubas, vieram do Nordeste, talvez do Alto
Nilo, por vagas sucessivas, entre o século VI e o século XI, com paragens, em
particular na região do Kanem.
Ifé provavelmente foi habitada no século VI, data
mais antiga fornecida até agora pelo método do radiocarbono a materiais
recolhidos de escavações na cidade.
Ela foi o centro de dispersão, sendo reconhecida
por todos os Yorubas como a fonte místicas do poder e da legitimidade: o lugar
de onde partia a consagração espiritual (sendo o Oni, chefe de Ifé, o grande
pontífice ) e onde retornavam os restos mortais e as insígnias de todos os
reis, Ifé era considerada uma cidade sagrada para os Yorubas.
Fonte: Wikipedia
A cidade-estado de Ifé
Estima-se que no início da cidade de Ifé, o poder
não era centralizado, mas compunha-se de um conjunto de diversas aldeias de comerciantes
e agricultores. Com o passar do tempo, esses núcleos formaram uma
cidade-estado, com poder centralizado na mão do oba (também chamado de oni)
mais poderoso da região, que residia em Ifé.
De acordo com a crença ioruba, o obá tinha origem
divina, por isso era o governante e o chefe religioso. Os obás governavam com o
auxílio de um conselho formado pelos chefes das principais famílias e por
representantes dos comerciantes. Esse conselho tinha muito poder, já que
escolhia o obá que governaria por determinado período. Caso o obá se mostrasse
autoritário, incompetente ou cometesse alguma falta grave, ele teria que
abandonar o cargo.
Um dos destaques de Ifé era sua metalurgia. Produziram
cabeças humanas em tamanho natural feitas de latão cobre e bronze com riquezas
de detalhes que até hoje impressionam pela perfeição. Essas cabeças eram
representações de reis, soldados, músicos e deuses. Usavam também a terracota
para fazer essas esculturas, adornadas com panos, colares e pulseiras.
Ifé entrou em declínio econômico, e é possível
que tenha sido substituída pela cidade de Oió a partir do século XVI,
mantendo-se, no entanto, como centro religioso de grande importância. Nos séculos
XVII e XVIII, o Reino de Oió tornou-se o mais poderoso dos reinos iorubas, pois
tinha uma forte organização militar, composta de arqueiros e uma bem
estruturada cavalaria. Esse reino foi extinto no século XIX.
Fonte: MOCELLIN, Renato e CAMARGO, Roseane de. Perspectiva História, 7. São Paulo: Ed. do Brasil, 2012. pp.168-169
Oba Adesoji Aderemi, o Ooni (Oba) de Ife, posando para a fotografia com alguns artefatos excepcionais e de alto valor em Ile-Ife, Yorubaland, por volta de 1940. Ele reinou entre 1930-1980
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gostei do conteúdo, me vai ser útil.
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Excluirn tem nada de bom nisso só fala sobre o museu
ResponderExcluirse eu tirar nota baixa te denuncio
ResponderExcluirCalma la irmao a internet ta ai pra ajudar
ExcluirDá pra ajudar um pouco
ResponderExcluirAchei bom, não fala muito, mas o que tem e muito bom. Só acho que poderia ter um pouco mais de conteúdo.
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